Efeito platô: quando o ponteiro emperra

Efeito platô
Chega uma hora em que todos os esforços para emagrecer são em vão. É nesse momento que a luta contra os quilinhos indesejáveis se torna mais acirrada. Conheça duas armas infalíveis para combater o efeito platô, o maior vilão de todas as dietas. E também truques espertos, que vão ajudar nessa guerra

Preparada para a luta? Na guerra contra a gordura teimosa (e tão valente quanto você), não vai ter moleza. O inimigo é tinhoso e poderoso. A tentação da cervejinha do sábado? A indisposição de sair de casa e encarar a academia em uma noite fria? Não! O grande vilão na luta para perder peso é o seu próprio corpo. Às vezes, ele faz de tudo para dificultar seu sucesso. E, quando você estiver próxima de vencer a batalha, o danado pode sacar sua mais potente arma: o efeito platô.

Por mais que você siga todas as regras para emagrecer, testadas e aprovadas pela ciência, em um determinado momento seu peso pode se estabilizar. Não adianta diminuir ainda mais o prato pois seu organismo aprendeu a viver bem com as calorias fornecidas no período da dieta e armazenou gordura suficiente para mantê-lo funcionando. Também não vale malhar em dobro. "Os estudos mostram que o platô pode acontecer em vários momentos durante o processo de emagrecimento", diz Márcio Mancini, endocrinologista e presidente da Associação Brasileira para os Estudos da Obesidade.

A saída para enfrentar cada episódio é criar uma estratégia diferente a fim de ludibriar o organismo. Nessa luta, vale jogar com algumas armas, combinadas ou não, como dieta, exercício e até medicamentos na tentativa de vencer a resistência do corpo ao emagrecimento. Por isso, é necessário que o processo seja bem orientado por um especialista.

Uma das causas do problema é a genética implacável que nos programou para enfrentar a fome. O lado bom da história é que você nunca corre o risco de cair dura logo de cara, caso fique perdida em uma ilha deserta, sem nada para comer. "Ao longo da história, houve mais falta do que abundância de alimentos. Assim, nosso organismo aprendeu a estocar gordura ao perceber que a oferta de calorias é escassa", diz Thiago Volpi, clínico-geral e nutrólogo de São Paulo

Gula controlada

A fome anda sem limite? Prepare o arroz com talo de brócolis ou de couve-manteiga. Essa parte das verduras é fibrosa e, por isso, exige que você mastigue mais vezes a comida – regra número 1 para estimular a sensação de saciedade. “Misturar legumes al dente no arroz ou no macarrão também aumenta a densidade da comida sem adicionar calorias”, comenta Cynthia Antonaccio, nutricionista da Equilibrium Consultoria em Nutrição e Bem-Estar, em São Paulo. Outra opção para “encher” o estômago sem engordar é trocar as guloseimas por bebidas mais consistentes e, claro, pouco calóricas. Experimente bater no liquidifi cador morango congelado (½ xícara de chá), abacaxi (½ fatia), gelatina diet
(1 taça) e água. Rende um smoothie com volume e só 60 calorias o copo de 200 ml (a mesma dose de milk shake tem 234 calorias). Sem contar o ganho em fibras e vitaminas.

Faz bem beber água com limão ao acordar?Mito ou verdade? Saiba a resposta

Sim, esse hábito ajuda na limpeza do organismo. “O limão melhora a produção de enzimas do fígado e facilita o funcionamento do intestino, além de ter efeito diurético. Tudo isso favorece a expulsão de toxinas do corpo”, afirma o clínico-geral Alex Botsaris, do Rio de Janeiro. O ideal é pingar dez gotas do sumo da fruta em água (200 ml) morna e beber em jejum. Você tem distúrbios gástricos? Use apenas três gotasde limão na mesma quantidade de água.