Fui pro meu quarto deitar pra ver se aquela maldita dor de cabeça passava, mas comecei a pensar um monte de coisas, tipo será que eu tava conseguindo miar tudo que eu havia comido esses dias? Com quantos quilos será que eu estou?... Daí levantei me olhei no espelho e como sempre odiei o que ele refletia, uma menina gorda, feia e fingida, chorei horas seguidas apertando toda aquela gordura imunda que estava em mim. E como tantas vezes fui na gaveta de remédios e tomei 30 comprimidos de um remédio qualquer, 6 laxantes e voltei pro espelho, mas aquilo ainda não era uma punição a altura do que eu havia comido... então tive a brilhante idéia de me cortar, de ver o sangue saindo, e fui ficando eufórica com a idéia isso sim seria justo me machucar d verdade, alem da dor a cicatriz pra me lembrar que eu fui fraca. Fui na cozinha peguei a faca e cortei meu pulso, doeu um pouco mas a satisfação foi maior, não fui tão fundo, mas sangrou o bastante pra quase matar meu pai de susto quando chegou em casa, eu estava deitada na cama chorando, meu braço sangrando e uma mancha de sangue no meu lençol. Fui pro hospital, veio aquele bando de psicólogos conversar comigo, achando que eu era louca por querer morrer, repetindo aquela frase horrível, “você é tão linda, tem uma vida toda pela frente, não precisa fazer isso” afff...danem-se a vida é minha, o corpo é meu, faço o que eu quero. Aquilo não chega nem perto do corte que existe na minha alma.
Por Raisa
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2 comentários:
é exatamente o que eu sinto. minha vida ta horrível, quero cortar o pulso, mais nao tenho coragem, me corto toda, mais ainda estou longe do pulso. :\
tudo passa, até uva passa.
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